''Devemos Guardar o Sábado?''

Estudo feito pelo doutor em teologia e arqueologia Rodrigo Silva, da Tv Novo Tempo (Sky Canal 14)

Parte 1

http://novotempo.com/evidencias/videos/video-devemos-guardar-o-sabado-parte-1-2013/

Parte 2

http://novotempo.com/evidencias/videos/video-devemos-guardar-o-sabado-parte-2-2013/

''Lago de Fogo Eterno?'' - Parte 2

Essa doutrina não é bíblica e digo que é diabólica; a ideia de um Deus de amor que faz seres humanos queimando eternamente é absurda e sem tamanho. Vamos ver aqui sete provas disto.






1> A doutrina do tormento eterno depende da doutrina da imortalidade inerente à alma; tanto uma como outra não são bíblicas. Essa é uma crença que os gregos herdaram dos egípcios (de acordo Heródoto, filósofo grego do 5° século a.C.) e foi propagada por Sócrates, e posteriormente por seu discípulo Platão, que pregava que a morte é a separação do corpo e a alma e que a alma sobrevive a morte do corpo. Esta ideia entrou no judaísmo através dos judeus helênicos e posteriormente na Igreja, principalmente por intermédio de Agostinho e Tertuliano. Biblicamente, isto é mentira, pois a Bíblia afirma que a alma (hb. nefesh) é o próprio ser vivo (Gn 2:7), ou a vida que o ser vivo possui (Sl 74:19), e também pode significar a sede dos sentimentos (Sl 42:1). A alma pode morrer (Ez 18:20), e quando ela morre, vai para a sepultura (Sl 16:10) e no dia do Juízo, a alma (ser humano) que se manteve ímpia, vai perecer a segunda morte no lago de fogo (Mt 10:28).


2> O espírito (hb. ruah), nada mais é do que o fôlego de vida que todo o ser vivo possui. Vemos na Bíblia que os animais possuem o mesmo ''espírito'' que o ser humano possui (Gn 7:15; Ec 3:19); se acreditarmos que o espírito que a bíblia menciona, em relação as criaturas de Deus, é uma entidade viva e consciente que vive após a morte do corpo, devemos, por obrigação, crer que os animais também o possuem. Na cultura bíblica, o espírito é a capacidade vital de cada ser vivo, nas culturas pagãs, é uma entidade que vive após a morte do corpo. Com qual cultura você vai ficar?


3> Para que o ser humano queime eternamente no fogo, é necessário que o ser humano seja eterno. Isto é lógico, certo? Mas a Bíblia afirma, taxativamente, que só Deus possui a imortalidade inerente (1 Tm 6:16), veja, sem preconceitos, o texto comigo: ''aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita em luz inacessível..'' É claríssimo, só Deus possui e imortalidade inerente. Ele e aquele a quem Ele queira conceder na Volta de Jesus (1 Co 15:54).


 4> Os ímpios não vão herdar a imortalidade (ou seja, não podem queimar eternamente sem morrer), pois a imortalidade só é doada aos santos, na Volta de Jesus (1 Co 15:53-54). João 3:16 é muito claro: ''Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.'' Veja que o contraste entre morte e vida eterna é claro; quem não receber a vida eterna, vai morrer, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6:23), e quando diz morte, é morte mesmo, pois para a Bíblia, morte nada mais é do que o término da vida (Gn 35:18).


5> A Bíblia prega, sem sombra de dúvidas, o aniquilacionismo, que é a destruição total de todos os ímpios e não o seu tormento literalmente eterno; veja em textos como Salmos 37:10 e 20: ''Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá mais, atentarás para o seu lugar, e ali não estará. [...]os ímpios serão aniquilados, e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos carneiros; desaparecerão, em fumaça se desfarão.''(ACR). Ou também em textos como Malaquias 4:1 e 3: ''Pois eis que o dia vem ardendo como fornalha, eis que os soberbos, e todos os ímpios serão como a palha, e o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de tal forma que não lhes restará nem raiz nem ramo. [...] pisareis os ímpios, pois se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que eu estou preparando.'' Ou Isaías 66:16 e 20: ''Por que com fogo e com espada entrará o Senhor em juízo com toda carne, e serão muitos os mortos pelo Senhor. [...] sairão e verão os cadáveres dos que transgrediram contra mim, por que o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará, e serão um horror para toda a carne.'' Note que por mais que a linguagem metafórica do fogo que não se apaga e do verme que nunca morre seja usada aqui em Isaías, o texto deixa claro que a questão aqui é sobre mortos e cadáveres (corpos mortos) e não sobre almas queimando eternamente numa chama literalmente infindável. Até por que se o corpo está sendo comido pelos vermes, pressupõe-se que o corpo esteja morto.


6> Passagens que mencionam o ''fogo eterno'', ''tormento eterno'', ''fumaça sobe pelos séculos dos séculos'' possuem punho completamente simbólico e metafórico, veja em Isaías 34:10, que é uma profecia contra a cidade de Edom, ''nem de dia, nem de noite se apagará[o seu fogo], para sempre a sua fumaça subirá, de geração em geração será assolada, pelos séculos dos séculos ninguém passará por ela. '' Veja que, para tratar da destruição da cidade de Edom que era inimiga de Israel, Deus usa a mesma linguagem metafórica usada em Apocalipse 14:11; 19:3; ora, se acreditarmos que Apocalipse, nestas passagens, está sendo literal, temos que acreditar que Edom está queimando, até hoje, naquela mesma região. Veja também Judas 1:7: ''Assim como Sodoma e Gomorra [...] foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.'' Mais uma vez a linguagem metafórica para tratar de uma situação real. Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo (Gn 19), mas não estão queimando até hoje naquela região, e muito menos no inferno (Lc 10:12). Esta linguagem, naquela época, era usada para representar o fogo punitivo de Deus, que nunca se apagava no sentido de que ele queimaria tudo e todos até a morte, ou seja, até a destruição total (Jr 17:27; Ez 20:47); assim será no lago de fogo.


7 > O lago de fogo mencionado em Apocalipse é chamado de ''a segunda morte'' (20:14; 21:8). No próprio livro, Jesus promete aos que perseverarem até o fim que não passarão pela segunda morte (Ap 2:11), porém, aqueles que não perseverarem passarão pela segunda morte. Por que ''segunda morte''? É óbvio que é em relação a primeira, ou seja, aquela morte que todos os seres humanos experimentam, bons ou maus. É segunda, por que após a ressurreição dos justos (para nunca mais morrerem), haverá a ressurreição dos impios para serem castigados (Dn 12:2; Ap 20:5); por consequência da punição de Deus, eles serão consumidos ou devorados (Ap 20:9), morrendo então a segunda morte (Is 66:16); ou seja, é segunda por que os ímpios vão morrer a morte que todos morrem, serão ressuscitados e depois vão morrer na punição de Deus, por isto é ''segunda morte''. É difícil de compreender isto?


Conclusão: Está é uma crença sem fundamentos bíblicos, porém com grande apoio pagão, o que, nós cristãos, devemos rejeitar. Para refletir, fique com o texto de Salmos 37:10-20.

 ''Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá mais, atentarás para o seu lugar, e ali não estará. [...]os ímpios serão aniquilados, e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos carneiros; desaparecerão, em fumaça se desfarão.''

Qualquer dúvida, clique Aqui e pergunte.

Veja mais sobre este assunto Aqui e Aqui.

Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Malaquias 4:1

Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Malaquias 4:1

Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Malaquias 4:1

Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Malaquias 4:1

Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Malaquias 4:1

Jesus enfraqueceu a importância do 4° Mandamento?

Preciso começar dizendo que Jesus nunca foi contra o Sábado, ele era contra a forma como os fariseus interpretavam o mandamento do Sábado e isso é claro em Lucas 13:14-17. Os fariseus e líderes judeus criaram milhares de leis em cima do Sábado para oprimir o povo colocando fardos sobre ele. Jesus mostrou a forma correta de se guardar o Sábado.Nos seus embates com os fariseus, Jesus deu afirmações que confundem a mente de pessoas sinceras nos dias de hoje, neste estudo, vou tratar alguns deles aqui.

1>  Mateus 12:1-13 (Jesus, o Senhor do Sábado)

Nesta passagem, Jesus está sendo criticado por permitir que seus discípulos colhessem espigas para se alimentarem num dia de Sábado e por curar um homem. Jesus defende seus discípulos usando passagens das escrituras para respaldarem suas atitudes. Ele cita que Davi, quando estava com fome, comeu de pães sagrados que eram proibidos; e Deus não o castigou; e Jesus também lembra que os sacerdotes trabalham aos Sábados e ficam sem culpa. Por mais incrível que possa parecer, Jesus, nem de longe, está enfraquecendo o Sábado aqui, por alguns motivos.

° Jesus usou as Escrituras para apoiarem as atitudes dos discípulos; ou seja, se fosse quebra de um mandamento Jesus jamais usaria as Escrituras para se defender; se Jesus, neste momento, estivesse abolindo algo antes escrito, ele estaria se condenando ao invés de se defendendo, pois as Escrituras (que ele usou) foram escritas em um tempo em que se guardava o Sábado; ou seja, se ele quisesse enfraquecer o Sábado aqui, ele não usaria as Escrituras, ele simplesmente usaria a sua autoridade de Filho de Deus e aboliria o Sábado naquele momento; mas não, ele usou as Escrituras para mostrar que o que eles faziam não era errado.

° Jesus lembra que Davi, em necessidade, comeu de pães proibidos e ficou sem culpa; Jesus quis dizer com isso que as necessidades fisiológicas do ser humano não são menores do que o Sábado.

° Jesus lembra que os sacerdotes, no serviço do templo, trabalham aos sábados e ficam sem culpa. Jesus quis dizer com isso, que o Sábado não é maior do que o trabalho na Casa de Deus. Se os sacerdotes não trabalhassem aos Sábados (na Casa de Deus), aos Sábados não haveria o perdão dos pecados, que era (além do arrependimento do pecador e da graça de Deus) através de sacrifícios ministrados pelos sacerdotes (Levítico 14:19). Já pensou se isso não ocorresse aos Sábados?

° Ao curar um homem, Jesus também foi criticado, e ele se defende dizendo que aos Sábados, é lícito fazer o bem (v 12). Mediante as acusações de quebrar o Sábado, Jesus se defende dizendo que o que ele fazia não era ilícito fazer aos Sábados, pois ele estava fazendo um bem ao próximo. Consequentemente, se há algo lícito aos Sábados, é por que há algo ilícito, certo? Isso é enfraquecer ou fortalecer a importância do Sábado?

Concluo então que esta passagem, nem de longe, enfraquece o mandamento do Sábado. Pois a intenção de Jesus foi mostrar que a fome e a necessidade de saúde do ser humano são mais importantes do que o mandamento do Sábado, porém, em nenhum momento Jesus aboliu o Sábado, apenas mostrou a verdadeira forma de se guardar um mandamento que não visava ''aprisionar'' ninguém, e sim dar prazer e gozo (Isaías 58:13). O leitor sincero da Bíblia não vai se manter cego.

2 > João 5:17-18 (Meu Pai trabalha até hoje, eu também trabalho)

Nesta passagem, Jesus é criticado por curar e evangelizar os necessitados aos Sábados. Ele responde: ''meu Pai trabalha até hoje, então eu também trabalho.'' Fico me perguntando como as pessoas arrumam tanta imaginação para colocar na boca de Jesus o que ele não quis, nem de longe, dizer. Vamos entender.

° Todo o texto, precisa do contexto, isso é um princípio de interpretação bíblica. Quando Jesus fala a famosa frase ''meu Pai trabalha até hoje..'', o contexto aqui é o trabalho missionário e cristão, de curar os necessitados e pregar o evangelho, nada diferente do ordenado em Mateus 28:19-20 e não o trabalho secular. Onde o Sábado é enfraquecido aqui? Hebreus 4:3 lembra que o trabalho da criação de Deus acabou no sexto dia e Ele descansou no Sétimo, e também lembra que todas as obras foram terminadas. Deus não trabalha mais neste sentido, pois a Criação já está toda pronta e acabada; porém, no sentido de manter o mundo espiritual, Deus trabalha incessantemente pela nossa salvação e Jesus seguiu o exemplo do Pai, por isso ele disse: ''meu Pai trabalha até hoje e eu também trabalho''. Lembre-se, o texto precisa do contexto.

° No verso 18, o que o apóstolo João estava dizendo é que os fariseus queriam matar a Jesus por que ele ''quebrava'' o Sábado que os fariseus ''inventaram'' e colocaram sobre as costas do povo, fazendo milhares de proibições humanas que não vinham de Deus, e não o Sábado de Deus, pois se ele quebrasse o Sábado de Deus, seria pecado (Exodo 20:8-11), e ele jamais pecou (Hebreus 4:15).
Concluo que esta passagem, quando analisada com responsabilidade não enfraquece o mandamento do Sábado de forma alguma.

3 > Lucas 13:12-17

Aqui, Jesus é criticado por curar uma mulher num dia de Sábado; um líder da sinagoga o repreende, a ele e a seus seguidores dizendo que não fossem para serem curados no dia de Sábado. Vamos ver se ele enfraquece o não o Sábado aqui.

° Jesus repreende o líder da sinagoga dizendo que não era incoveniente, no Sábado, salvar alguém da prisão de Satanás (v 16). Onde Jesus enfraquece o mandamento do Sábado aqui? Não consigo ver.

Concluo tudo dizendo que se Jesus quisesse enfraquecer o Sábado, alguns versículos como Mateus 24:20 ou João 15:10 não existiriam na Bíblia. Eu, aqui, quero te sensibilizar para um estudo mais aprofundado das Escrituras e para não aceitar aquilo que você ''escuta'', mas aquilo que você lê (Isaías 8:19-20).